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Selic sobe pela primeira vez em seis anos – o que isso significa?

Copom decidiu, na quarta-feira 17 de março, subir a taxa de juros de 2% para 2,75%. Entenda por que essa decisão foi tomada.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central) decidiu, em reunião da quarta-feira, 17 de março, aumentar a meta da taxa Selic em 0,75 pontos percentuais, de 2% para 2,75%. Este é o primeiro aumento na taxa de juros básica da economia brasileira em seis anos.

A decisão não é uma surpresa: ela já vinha sendo sinalizada nos últimos boletim Focus, divulgados toda a semana com projeções de mercado — afinal, a inflação está cada vez mais alta e ficando, nos últimos resultados, acima do centro da meta.

Qual o racional em aumentar ou diminuir a taxa Selic?

O objetivo do Banco Central ao aumentar a taxa Selic é conter a inflação. Em um cenário de economia enfraquecida, muito em parte devido à pandemia do Covid-19, e de inflação cada vez mais alta, um aumento da taxa Selic tem como objetivo conter essa inflação, por isso a expectativa de um aumento da taxa já existia nas últimas semanas.

Por outro lado, quando o BC abaixa a taxa Selic, o objetivo é estimular o consumo e aquecer a economia, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta. Nos últimos anos, esse foi o cenário para a taxa Selic.

Vale recordar: em 2015, a meta da taxa estava em 14,25%; em março de 2018, 6,5%; e em agosto de 2020, 2%.

O que muda?

Quando é feita alguma mudança na taxa Selic, o principal reflexo é nas taxas de juros diversas da economia: taxas de empréstimo, juros imobiliários, de financiamento, do cartão de crédito, etc. Com um aumento na principal taxa de juros, todas elas ficam consequentemente mais caras. Isso torna o acesso ao crédito mais difícil e desestimula o consumo.

Ao mesmo tempo, o aumento da Selic também aumenta o rendimento oferecido pelos investimentos de renda fixa indexados ao CDI — tornando eles mais atrativos.

 

O que diz o Copom sobre o aumento?

Em nota divulgada pelo nesta quarta-feira, o Copom explica que o cenário internacional mostra sinais de melhoria devido a “novos estímulos fiscais em alguns países desenvolvidos, unidos ao avanço da implementação dos programas de imunização contra a Covid-19”.

No entanto, a nota do BC reforça que o ambiente ainda pode ser “desafiador para economias emergentes”. No caso do Brasil, o “recente aumento no número de casos de Covid-19” ainda gera bastante “incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia”.

Publicado originalmente pelo Blog Nubank.

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